Registro de marcas é tema abordado no segundo episódio do podcast Fogueira do Marketing


Luisa Caldas começou a atuar na área de marcas e patentes em 1999, apenas três anos após a Lei de Propriedade Intelectual ser instaurada no Brasil.

No segundo episódio do podcast Fogueira do Marketing, exibido na Veza TV em 21 de março, Camila Silveira e Flávia Miranda entrevistaram Luisa Caldas, fundadora da empresa Uniellas, especializada em marcas e patentes.

De acordo com Luisa, a Lei de Propriedade Intelectual foi instaurada no Brasil em 1996, e a profissional começou a atuar na área apenas três anos depois, em 1999. “Então, tudo o que aconteceu, todas as nuances, todas as jurisprudências com relação à lei no Brasil, eu acompanhei muito de perto”.

Uma curiosidade abordada por Luisa no podcast, é que sua empresa é composta exclusivamente por mulheres. “Começamos com sócias mulheres, as primeiras funcionárias também eram mulheres. Então, percebemos que isso estava sendo muito bem visto no mercado, estava sendo elogiado. Por isso, mantivemos dessa forma”, ressalta.

Sobre a Lei de Propriedade Intelectual propriamente dita, ela relata que os países que contam com essa legislação são os que mais crescem, tanto economicamente, como em outros aspectos. “Por uma questão lógica, nós, enquanto empresários, não temos incentivo para investir naquilo que pode ser plagiado facilmente pela falta de uma lei protetiva”.

Além disso, ela observa que o Brasil cresceu mais nos últimos 30 anos, após a criação da Lei, do que anteriormente.

“Nesse período, o país cresceu muito mais, tanto no campo econômico quanto no campo medicinal e tecnológico. Antes, se as empresas investissem em inovação, os concorrentes simplesmente plagiavam e vendiam as soluções por um preço inferior. Não havia nenhuma lei que protegesse o dono da ideia.”

Questionada sobre como a Lei de Propriedade Intelectual afetou a área do marketing, ela enfatiza que o papel do marketing é trabalhar em prol de uma marca, gerando lucros para as empresas contratantes.

“A partir do momento que você tem uma segurança jurídica em cima daquela marca, o marketing trabalha com mais tranquilidade e segurança de que tudo o que ele fizer em cima daquele projeto não vai beneficiar a concorrência. Ele tem o amparo jurídico de poder tomar medidas como notificação, ação judicial etc.”.

Ela revela que, nos primeiros anos da Lei de Propriedade Intelectual, as empresas chegavam a demorar cerca de 10 anos para terem suas marcas registradas.

“Demorava muito porque não tínhamos uma tecnologia de acompanhamento. Era tudo, literalmente, feito à mão, por isso mesmo era muito caro. Tinha que ir no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), preencher formulários, protocolar, voltar. Era um longo processo”.

Luísa acrescenta que, antes da Lei de Proteção Intelectual, o país já contava com um código de proteção intelectual, porém este não estabelecia direitos e deveres de forma incisiva como a legislação.

“Quando se trata de um código, ficamos à mercê de interpretação, então o processo é muito mais frágil. Já a lei é muito clara: não se pode ter uma marca igual ou muito semelhante a ponto de causar confusão no público”.


Conclusão

Neste texto, apresentamos um breve resumo do que foi a entrevista com Luísa Caldas no podcast Fogueira do Marketing. Se você deseja acompanhar esse conteúdo na íntegra, acesse nosso canal no YouTube:


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